terça-feira, 8 de maio de 2012

Somos invisíveis?





Somos invisíveis? É bem possível que uma grande maioria de nós já tenha se questionado dessa forma, em algum momento.

Acontece quando se entra em uma loja e o atendente nos ignora.

Ou quando frente a um balcão de alguma companhia aérea, tentando saber se o vôo está no horário. Ou, ainda, em algumas repartições públicas, à cata de informações.

O responsável, isto é, a pessoa ou pessoas que ali estão, simplesmente ignoram a indagação, o pedido, a presença.

É como se fôssemos invisíveis. Para aqueles que lidamos com a imortalidade, que estudamos a respeito da vida que nunca cessa, o primeiro pensamento que nos acode, ao nos sentirmos assim ignorados é: Será que eu morri e não me dei conta?

Terei acaso atravessado a aduana da morte sem me aperceber? Será por causa disso que as pessoas não me veem, não me respondem?

No entanto, além dessas situações, de um modo geral, quase todos nos movemos no mundo sem darmos atenção aos demais.

É assim que caminhamos pela rua, olhando para frente, atentos ao semáforo, aos sinais de trânsito, aos nomes das ruas, aos números, sem olhar ao nosso redor.

Por isso, é comum esbarrarmos nos outros, desde que não atentamos para as suas presenças. Esbarramos e continuamos em frente, ao encalço do nosso objetivo, sem nos determos sequer para pedir desculpas.

Ou para auxiliar a pessoa a juntar o que a fizemos derrubar com nosso esbarrão. Isso, quando não é a própria pessoa que perde o equilíbrio e vai ao chão.

É assim que, quando se abrem as portas dos coletivos urbanos, saímos como quem precisa apagar incêndio logo adiante.

Existem os que vão abrindo caminho, à força, batendo com a mochila que trazem às costas nos que aguardam, nas filas, e continuam em frente.

Pisam nos pés alheios, mas prosseguem andando. Na ânsia de alcançar o seu destino, rapidamente, carregam consigo o que estiver no caminho: embrulhos, livros... das outras pessoas.

Mas nunca se detêm a pedir desculpas.

Porque nada veem, nada sentem, nada percebem. Somente eles existem em trânsito.

Em filas de cinema, supermercados, bancos, repartições, a questão não é muito diferente.

Pessoas que se dizem com pressa, com compromissos urgentes, passam à frente de outras que aguardam há muito tempo.

Para elas, não existe ninguém mais do que elas mesmas. E o seu problema, a sua dificuldade.
* * *
Se estamos no rol dessas pessoas afoitas, insensíveis, que somente veem a si mesmas, estanquemos o passo.

Olhemos ao redor, observemos, respeitemos os que compartilham o mesmo ônibus, a mesma lanchonete, a mesma repartição pública.

O fato de termos que resolver muitas questões não está dissociado da possibilidade de sermos gentis, delicados, atenciosos.

Não nos impede de olharmos ao redor, de ceder o lugar a um idoso, uma grávida, alguém com dificuldade física.

Pensemos que tanto quanto nós não desejamos ser tratados como invisíveis, não devemos assim proceder com relação aos demais.

Somos todos humanos, necessitados uns dos outros.

Ajamos pois, como quem já se alçou à Humanidade e deseja prosseguir caminho, rumo à Angelitude, nosso passo seguinte.



Autor:Redação do Momento Espírita.





A faixa preta



Depois de incansáveis anos de treinamento, um disciplinado aluno de artes marciais viu-se diante do mestre para receber a faixa preta.

"Antes que lhe dê a faixa você terá de passar por um outro teste", avisou o mestre.

"Estou pronto." Respondeu o aluno.

"Você precisa responder a uma pergunta essencial. Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?"

O jovem respirou fundo e disse: "Ela representa o fim de minha jornada. Será uma recompensa merecida por meu bom trabalho."

O mestre esperou um pouco.

O jovem percebeu que o professor não estava satisfeito.

O silêncio que constrangia o jovem foi quebrado por novas palavras do mestre: "Você não está pronto para receber a faixa preta. Volte daqui um ano."

Desapontado o aluno partiu.

Um ano depois, ajoelhou-se novamente na frente do mestre.

"Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?" - repetiu a pergunta o professor.

"É o símbolo da excelência e o nível mais alto que se pode atingir em nossa arte", respondeu o jovem.

O mestre permaneceu em silêncio.

O aluno percebeu que outra vez sua resposta não fora satisfatória.

Por fim, disse o professor:

"Você ainda não está pronto para a faixa preta. Volte daqui a um ano." Resignado o aluno partiu.

Um ano depois voltou a ajoelhar-se diante do mestre.

Mais uma vez foi-lhe feita a pergunta: "Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?"

O aluno respirou fundo e respondeu: "A faixa preta representa o começo. É o início de uma jornada sem fim de disciplina, trabalho e busca por um padrão cada vez mais alto."

O mestre sorriu e disse: "Agora você está pronto para receber a faixa preta e iniciar o seu trabalho."

Estamos a caminho.

Muito já percorremos.

Muito já foi vencido.

Quando olhamos para trás vemos os vales extensos.

Os rios de correnteza inclemente.

Os desfiladeiros traiçoeiros.

Pântanos sombrios.

São paisagens passadas.

Situações superadas.

Também havia na jornada campos floridos.

Praias de areia alva.

Árvores frondosas a oferecer-nos sombra e abrigo.

São paisagens passadas.

Momentos que nos enchem de saudade.

Estamos a caminho.

Quando olhamos para frente vemos cenários novos.

Grandes surpresas nos aguardam nas curvas das estradas.

Grandes dores também esperam por nós.

São tantas as trilhas que se apresentam.

Cada qual com uma característica especial.

Algumas prometem facilidades e alegrias fugazes.

Escondem armadilhas em recantos com aparência inofensiva.

Outras mostram-se árduas desde o início, mas compensam os viajantes persistentes com vastos oásis de consolo e amparo.

Cada estrada apresenta riscos e prêmios.

Todas, porém, levam a um destino único.

O tempo de viagem depende da disposição de cada peregrino.

Há muito a percorrer.

Estamos, ainda, a caminho.








Autor:Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro As mais belas parábolas de todos os tempos, vol. II, pp. 262/263, Editora Leitura, 4ª edição, organizado por Alexandre Rangel.






 





Pensamentos Sublimares




De: Luz das Estrelas Bom Astral

Pensamentos sublimes e divinos produzem uma tremenda influência na mente, expulsam os maus pensamentos e mudam a substância mental. A mente se transformará totalmente em luz pelo cultivo de pensamentos divinos."Swami Sivananda